Reconhecimento da Raça Terrier Brasileiro - Enviado por Fernanda Pelegrini

04-08-2011 22:20

 

Terrier Brasileiro (Fox Paulistinha) uma vitória na cinofilia nacional escrita como muito amor, trabalho, estudo e sonho

 Foi no início dos anos 90 que ganhei do meu marido Hélio, um presente que iria modificar minha vida. Igor, um lindo Fox Paulistinha que junto com o Humberto, meu filho ainda bebê, ajudariam a escrever uma parte da nossa história.

 Eu me apaixonei perdidamente por aquele cãozinho extremamente carinhoso, dedicado e paciente com o meu bebê. Logo meu marido, que é um grande conhecedor da alma feminina, vendo o meu sonho de possuir um Paulistinha de pelagem azul, meu trouxe de presente a Tawana. A Tawana realmente foi o grande amor da minha vida. Foi uma babá fora de série, uma companheira atenta e amorosa. Não posso esquecer a minha babá eletrônica canina que me avisava quando a Luisa, minha segunda filha, acordava, ou ainda ficava na cama distraindo-a para eu poder fazer o serviço de casa. A Tawana e o Igor foram companhias incansáveis quando na gravidez da Luisa tive alguns problemas e tive que ficar de cama. Por isso nunca entendi porque as pessoas que moram em apartamento e possuem filhos pequenos dizem que não podem ter animais. Eu tenho orgulho em dizer que tive as melhores babás do mundo, apaixonados pelos meus filhos e capazes de oferecer a própria vida por eles.

 Numa exposição, no antigo Mappin do ABC, conheci uma pessoa que se tornaria uma grande amiga e professora sobre a raça. Se hoje o Brasil possui o Terrier Brasileiro, reconhecido internacionalmente como raça pura brasileira se deve, sem dúvida, ao trabalho da Marina Lerário, criadora da raça desde 1977. Marina e seu marido Vito, que infelizmente hoje está no andar de cima, desenvolveram um trabalho de divulgação e aprimoramento desta raça, com intuito de divulgá-la no Brasil e em outros países, fazendo incursões de pesquisa nos E.U.A., Japão e Europa. Em 1991, Marina lança o livro “O Fox Paulistinha” onde é descrito com precisão todo o padrão da raça.

 Vito e Marina abriram as portas de sua residência, onde durante muitos anos funcionou o Clube do Fox Paulistinha que, generosamente e sem nenhum fim lucrativo, os apaixonados pela raça tinham todo apoio necessário para a divulgação e legalização do pedigree. O Clube do Fox Paulistinha foi registrado em 16 de dezembro de 1981 no 4º Registro de Títulos e Documentos sob o nº 050603. Em fevereiro de 1981 a revista Cães & Cia faz uma matéria descrevendo a nova raça nacional.

 E assim, com minha amiga Marina, aprendi a explicar para as pessoas a importância do trabalho genético para ter em nosso País uma raça pura de linhagem que, passo a passo, foi conquistando prêmios em exposições no mundo inteiro. As exposições passaram, de certa forma, a ser uma missão. Lembro de eu grávida de sete meses, que saí da cama sem autorização médica, para colocar a Tawana e o Igor na pista em uma exposição no Ibirapuera. A nossa preocupação não era de ganhar e sim divulgar a raça. Porém, quando a Tawana ganhou o premio de “melhor fêmea jovem”, ainda mais com um Juiz Italiano, a emoção foi tão forte que até a Luisa pulou lá dentro da minha barriga, comemorando junto comigo, com o Hélio, Humberto e outros amigos que participavam do nosso sonho. O Vito até brincava comigo, esta sua criança ainda vai nascer na pista e eu vou ser obrigado a ficar com ela e te dar em troca um cachorrinho. O Pinguim, da Marina e o Xodó, um lindo Terrier Brasileiro chocolate foram a sensação da exposição, conseguindo vários prêmios em todas as categorias e inclusive o “melhor do grupo dos Terriers”. Neste dia a Marina estava com uma jornalista norte-americana chamada Dóris Vidigal, que veio cobrir o evento, e acabou adquirindo uma Paulistinha que, mais tarde,  conquistou vários prêmios na terra do tio Sam.

Por: Fernanda Pelegrini

 

Marina e Pingüim , o Paulistinha mais famoso da raça, que virou selo de correio

 

Pingüim do Taboão.: Pentacampeão Brasileiro; Pentacampeão Paulista, que virou sêlo de correio; que virou "capa" do saco de ração Pedigree Pequenos Campeões, que virou "garoto propaganda" da Pedigree e na TV, que virou pai, tio, avô, bisavô de todos os campeões Mundiais da raça.

 

Especializada Terrier Brasileiro realizada em 16 de julho 2011
No quadro da ABTB (Associação Brasileira Terrier Brasileiro) está o inesquicível Pinguim

Terrier Brasileiro - A Raça que vira e mexe, sempre aparece!!

Comente.

Data: 12-08-2011

De: lourinaldo lima

Assunto: que legal

adoro essa raça, alem de ser carinhosa é muito inteligente

Data: 07-08-2011

De: Rosa Mizue Miyamae

Assunto: Bonita matéria

Parabéns Fernanda!!! Eu também adorei a matéria.
Eu nunca pensei que fosse ter um cachorro na minha casa e hoje tenho três, além das duas tartarugas e de um peixinho e olha que eu moro em apartamento.
Um grande beijo a todos!

Data: 05-08-2011

De: Marina Vicari Lerario

Assunto: Viva a Fernanda Pelegrini

Fernanda, que matéria carinhosa para com minha pessoa. Saudades daqueles tempos, aprontamos muito para a raça ser reconhecida. Lembro quando você conseguiu um espaço no "Mulheres em Desfile" e lá fomos nós no programa. Levamos o Pinguim, ainda um filhotão. Foi ótimo. Ainda bem que, graças à internet, nos reencontramos. Adorei a matéria. Beijão. Marina Vicari Lerario

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