Famoso do Mês de Agosto/2011

14-08-2011 11:29

 Balto nasceu em 1919, em uma data imprecisa, aos cuidados do norueguês Leonhard Seppala, criador de husky siberiano e corredor de trenó, Balto foi “descartado” como reprodutor, sendo cadastrado aos seis meses de idade, devido ao fato de não se enquadrar no perfil de cão de corrida. Entretanto, Balto foi empregado nas tarefas de mineração e, aos olhos de Seppala, possuía características de um cão líder.

Em 1925, a cidade de Nome no Alaska foi acometida por um surto de difteria. Devido as condições adversas pelo inverno, a cidade ficou praticamente isolada, inviabilizando o transporte por terra, ar ou mar das antitoxinas até a região.

Foi através de 20 condutores de trenó com 150 cães em um processo de revezamento com pontos de trocas, cobrindo o equivalente a mais de mil quilômetros em um tempo recorde de pouco mais de cinco dias a solução encontrada para o transporte, constituindo assim a “Corrida do Soro”, ou "Great Race of Mercy”.

Estátua de Balto no Central Park

Entre cães e condutores, algumas figuras se destacam, como o condutor Gunnar Kaasen e Balto. Estes percorreram os 85 quilômetros finais do trajeto entre as cidades de Bluff até Nome, sendo o cão glorificado e reconhecido por todos os Estados Unidos como um herói.

Entretanto, em meio a histórias divergentes, Leonhard Seppala, conduzido pelo cão Togo e responsáveis pelo transporte do soro entre as cidades de Shaktoolik a Golovin, declarou que não recebera o devido crédito, afirmando que enfrentara o trecho mais perigoso e distante de todo o processo de transporte, totalizando 146 quilômetros.

Ambos, Gunnar Kaasen e Balto, tornaram celebridades, estrelando um filme de curta metragem chamado “Balto’s Race to Nome”, além de realizar uma turnê pelos EUA. Após este período, Balto e os demais cães foram colocados em um espetáculo popular, vivendo em péssimas condições, sendo resgatado posteriormente por George Kimble, em 19 de Março de 1927 e vivendo o resto de sua vida no zoológico de Cleveland, Ohio.

Balto empalhado – Museu de História Natural de Cleveland

Parcialmente cego e surdo, sofrendo de artrite canina em suas pernas traseiras, o coordenador do zoológico Curley Wilson, junto com o veterinário Dr. R.R. Powell realizaram, em 14 de Março de 1933 às 14:15, a eutanásia de Balto, sendo empalhado e exposto no Museu de História Natural de Cleveland até os dias atuais.